História Antiga – Grécia
Antiga
Da Pólis grega a política
Na passagem do século IX a. C. para
o VIII a. C., a população e a produção da Grécia Antiga voltaram a crescer. Com
isso, a organização em formato de oikos
foi substituída pelas chamadas pólis.
As polis eram cidades-estados que se
desenvolveram cada uma com modelo de organização própria.
Em termos físicos, cada polis
possuía, no mínimo, duas partes: a acrópole (parte mais alta, onde ficava
templo principal) e a ágora (parte baixa, onde ficavam a praça com mercado,
alguns templos menores, órgãos públicos e administrativos, locais de
conversação e as ruas com as residências). Os habitantes de uma pólis
geralmente tinham costumes semelhantes e cultuavam as mesmas divindades.
A
polis [...] abrangia as terras circunvizinhas e era o ponto de reunião da
população que vivia dentro e fora de seus muros. Nela faziam-se negócios,
fabricavam-se artigos, realizavam-se cerimônias e ritos, discutiam-se os
assuntos públicos e tomavam-se decisões sobre eles. Embora fosse pequeno o
número de pessoas que viviam efetivamente dentro dos muros da polis, a sua
população total compreendia os habitantes das aldeias e das zonas rurais, e nos
centros marítimos, como Corinto e Atenas, também os homens do mar. Agricultores,
artesãos. Comerciantes e marítimos se uniam sem restrições. A vida era ao mesmo
tempo variada e íntima, repleta de diversas espécies de atividade física,
inclusive aquela a que se refere atualmente o termo “política”. (BOWRA, C.
M. Grécia Clássica. Rio de Janeiro: José Olympio, 1969. p. 58)
Em vez de uma autoridade que
defendesse os interesses do povo, o próprio povo reivindicava participar da
vida política, construindo regras que atendesse às suas necessidades. Nos lugares
onde isso aconteceu, em oposição à concentração de poder nas mãos do tirano,
desenvolveu-se o regime político conhecido como democracia – do grego demos (povo) e kratia (governo), ou governo do povo.
Somente com Clístenes, eleito magistrado
em 509 a. C., o governo de Atenas passou de fato a ser exercido pelo demos, e a democracia foi implantada na
cidade. A Eclésia adquiriu plenos poderes em Atenas e passou a opinar sobre
todos os assuntos. A Bulé passou de 400 para 500 membros, os quais não eram
eleitos, e sim sorteados entre todos os cidadãos gregos.
A democracia ateniense baseava-se na noção de
cidadania, que permitia a uma pessoa participar das decisões políticas da polis.
Mas em Atenas somente os homens adultos, filhos de pais atenienses, eram
cidadãos e, portanto, podiam votar nas assembléias e ser magistrados. Mulheres,
estrangeiros e escravos não eram considerados cidadãos.
Referências:
APOLINÁRIO,
Maria Raquel. Projeto Araribá: história.
4ª ed. São Paulo: Moderna, 2014.
BOWRA,
C. M. Grécia Clássica. Rio de
Janeiro: José Olympio, 1969.
MAGALHÃES,
Gustavo Celso de; HERMETO, Miriam. História,
6° ano. (Ensino Fundamental – livro 2) Belo Horizonte: Editora Educacional,
2017.
Fred Costa
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