quinta-feira, 11 de junho de 2020

O desenvolvimentismo de JK


Populismo- Governo JK


O desenvolvimentismo de JK

    Durante a campanha para presidente, Juscelino Kubitschek prometeu desenvolver o país 50 anos em apenas 5 de governo. Elaborou um audacioso Plano de Metas para ser cumprido e assim gerar o desenvolvimento do Brasil. Mas veremos que não foi bem assim que aconteceu.

     O desenvolvimentismo como política econômica adotada pelo governo visava investimentos em áreas importantes para a modernização do país, principalmente nos setores industrial, energético e transporte. O princípio seguido pelo presidente era progressista planejada do Estado na economia. Ao mesmo tempo, era conservador de entrada livre de capital estrangeiro no país, por meio de empréstimos e de importações de máquinas e tecnologias.


     Durante o governo JK a produção industrial no país aumentou graças à vinda de empresas multinacionais e estrangeiras que se estabeleceram no país. Foram produzidos bens de consumo duráveis, como automóveis e eletrodomésticos, e mudando os padrões de consumo do país. Ressalto a grande venda de carros da Volkswagen, principalmente do fusca.

  As principais realizações de sua política desenvolvimentista foram:
  1. Construção das hidrelétricas de Furnas e Três Marias, em Minas Gerais;
  2. Construção da rodovia Belém-Brasilia;
  3. Criação da SUDENE (Superintendência para o Desenvolvimento do Nordeste), para promover o desenvolvimento da região nordestina;
  4. Criação da GEIA (Grupo Executivo da Indústria Automobilística), que implantou a indústria automobilística no ABC Paulista;
  5. Desenvolvimento da indústria naval, da siderurgia, da indústria química e da elétrica;
  6. Construção de Brasília, projetada pelo urbanista Lucio Costa e pelo arquiteto Oscar Niemeyer. Localizada no futuro Distrito Federal, promoveu a interiorização do povoamento e maior integração econômica.

    A industrialização no país cresceu 80% durante o período que JK foi presidente. Só que seu audacioso Plano de Metas fez com que os investimentos do governo gastassem muito dinheiro. Para cumprir com suas obrigações financeiras, o governo aumentou a emissão de papel-moeda, provocando o aumento da inflação, atingindo em cheio a população menos favorecida.


A falta de políticas voltadas aos camponeses aumentou o êxodo rural. Muitas pessoas saíam do interior para as cidades trabalharem nas indústrias, provocando o crescimento desordenado das cidades. As ferrovias, sistema de transporte de baixo custo, foram abandonadas, isolando muitas cidades do interior. Muitas cidades viviam em um surto industrial, mas muitos que viviam no campo estavam desassistidos pelo governo.

Referências:

MAGALHÃES, Gustavo Celso de; HEMETO, Miriam. História, 9° ano: Ensino Fundamental, livro 2. Belo Horizonte: Editora Educacional, 2017.

PELLEGRINI, Nelson; DIA, Adriano; GRINBERG, Keila. Vontade de saber história, 9° ano. 3ª ed. São Paulo: FTD, 2015.

SCHENEEBERGER, Carlos Alberto. Manual Compacto de história: ensino fundamental. 1ª ed. São Paulo: Rideel, 2010.


Fred Costa


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