Idade Moderna -
Absolutismo
O Absolutismo e o modelo inglês
A partir do século X, os reis,
anteriormente quase figuras simbólicas principalmente na Idade Média, conquistaram progressivamente mais
força, tornando-se mais poderosos que os nobres ou a Igreja. Para garantir sua
autoridade, os monarcas europeus contavam com uma grande quantidade de
funcionários e com um exército profissional a seu serviço. Assessorados por
conselheiros, estabeleciam políticas econômicas, promulgavam leis, determinavam
punições aos infratores, decidiam sobre o uso e a arrecadação dos impostos e
tributos e procuravam controlar a Igreja. Além disso, utilizavam os bens e as
riquezas do reino sem separar as finanças das do Estado.
Essa forma de governar e de conduzir
a política, que se tornou característica dos reinos da Europa entre os séculos
XV e XVIII, ficou conhecida como regime
absolutista ou Antigo Regime. Embora buscassem exercer um domínio
incontestável, absoluto, os soberanos esbarravam em limitações a seu poder como
aquelas decorrentes da Igreja, que formava um grupo autônomo, das leis consuetudinárias
(leis baseadas na tradição) e da força de outros grupos sociais, como os nobres
ou os burgueses.
A sociedade europeia do Antigo
Regime era dividida em três camadas sociais:
- Primeiro
estado – composto pelo alto clero (bispos, arcebispos e abades, sendo todos
nobres que se tornaram religiosos) e baixo clero (padres de origem popular).
- Segundo
estado – composto por príncipes, duques, condes e barões formado pela camada da
população chamada de nobreza.
- Terceiro
estado – camada mais numerosa e diversificada da sociedade do Antigo Regime,
composta pelos burgueses, artesãos, camponeses e pessoas livres pobres.
O absolutismo não foi criado pela simples vontade
dos reis, nem surgiu de um dia para outro. Na História, as transformações não
resultam das ações de uma única pessoa, mas estão intimamente relacionadas às
circunstâncias econômicas, sociais e culturais. Para instaurar e sustentar
regimes absolutistas, os monarcas precisaram do apoio dos nobres, da burguesia,
do clero e da submissão do conjunto da população. Precisaram também de teorias
que justificassem seu poder. Para isso, contaram com diversos pensadores que,
diante das transformações sofridas desde o final da Idade Média, passaram a
defender a idéia de que somente um rei forte poderia solucionar os problemas da
sociedade. Esses pensadores ficaram conhecidos como teóricos do absolutismo. Eram
eles:
·
Nicolau Maquiavel
·
Thomas Hobbes
·
Jacques Bossuet
O início do Absolutismo inglês é datado do final do
século XV, quando Henrique Tudor assumiu o trono inglês e procurou centralizar
o poder em suas mãos, além de investir na melhoria da frota naval de seu país. Na
Inglaterra, apresentou elementos que o diferenciaram dos demais Estados
absolutistas da Europa. Desde o século XIII, o poder dos reis ingleses foi
limitado pela Carta Magna, documento
que instituiu um Parlamento que governava juntamente com o rei. No período
absolutista, no entanto, o Parlamento inglês foi fechado diversas vezes e,
assim, vários reis conseguiram exercer o poder absoluto.
Referências:
PELLEGRINI,
Nelson; DIA, Adriano; GRINBERG, Keila. Vontade
de saber história, 8° ano. 3ª ed. São Paulo: FTD, 2015.
VICENTINO,
Cláudio; VICENTINO, José Bruno. Projeto
Mosaico: históiria – anos finais (ensino fundamental). 1ª ed. São Paulo:
Scipione, 2015.
Fred Costa
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