sexta-feira, 19 de junho de 2020

O Absolutismo e o modelo ingês


Idade Moderna - Absolutismo


O Absolutismo e o modelo inglês

      A partir do século X, os reis, anteriormente quase figuras simbólicas principalmente na Idade Média, conquistaram progressivamente mais força, tornando-se mais poderosos que os nobres ou a Igreja. Para garantir sua autoridade, os monarcas europeus contavam com uma grande quantidade de funcionários e com um exército profissional a seu serviço. Assessorados por conselheiros, estabeleciam políticas econômicas, promulgavam leis, determinavam punições aos infratores, decidiam sobre o uso e a arrecadação dos impostos e tributos e procuravam controlar a Igreja. Além disso, utilizavam os bens e as riquezas do reino sem separar as finanças das do Estado.

       Essa forma de governar e de conduzir a política, que se tornou característica dos reinos da Europa entre os séculos XV e XVIII, ficou conhecida como regime absolutista ou Antigo Regime. Embora buscassem exercer um domínio incontestável, absoluto, os soberanos esbarravam em limitações a seu poder como aquelas decorrentes da Igreja, que formava um grupo autônomo, das leis consuetudinárias (leis baseadas na tradição) e da força de outros grupos sociais, como os nobres ou os burgueses.


    A sociedade europeia do Antigo Regime era dividida em três camadas sociais:
  1.     Primeiro estado – composto pelo alto clero (bispos, arcebispos e abades, sendo todos nobres que se tornaram religiosos) e baixo clero (padres de origem popular).
  2.     Segundo estado – composto por príncipes, duques, condes e barões formado pela camada da população chamada de nobreza.
  3.    Terceiro estado – camada mais numerosa e diversificada da sociedade do Antigo Regime, composta pelos burgueses, artesãos, camponeses e pessoas livres pobres.

   O absolutismo não foi criado pela simples vontade dos reis, nem surgiu de um dia para outro. Na História, as transformações não resultam das ações de uma única pessoa, mas estão intimamente relacionadas às circunstâncias econômicas, sociais e culturais. Para instaurar e sustentar regimes absolutistas, os monarcas precisaram do apoio dos nobres, da burguesia, do clero e da submissão do conjunto da população. Precisaram também de teorias que justificassem seu poder. Para isso, contaram com diversos pensadores que, diante das transformações sofridas desde o final da Idade Média, passaram a defender a idéia de que somente um rei forte poderia solucionar os problemas da sociedade. Esses pensadores ficaram conhecidos como teóricos do absolutismo. Eram eles:

·         Nicolau Maquiavel
·         Thomas Hobbes
·         Jacques Bossuet


O início do Absolutismo inglês é datado do final do século XV, quando Henrique Tudor assumiu o trono inglês e procurou centralizar o poder em suas mãos, além de investir na melhoria da frota naval de seu país. Na Inglaterra, apresentou elementos que o diferenciaram dos demais Estados absolutistas da Europa. Desde o século XIII, o poder dos reis ingleses foi limitado pela Carta Magna, documento que instituiu um Parlamento que governava juntamente com o rei. No período absolutista, no entanto, o Parlamento inglês foi fechado diversas vezes e, assim, vários reis conseguiram exercer o poder absoluto.

Referências:

PELLEGRINI, Nelson; DIA, Adriano; GRINBERG, Keila. Vontade de saber história, 8° ano. 3ª ed. São Paulo: FTD, 2015.

VICENTINO, Cláudio; VICENTINO, José Bruno. Projeto Mosaico: históiria – anos finais (ensino fundamental). 1ª ed. São Paulo: Scipione, 2015.


Fred Costa


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