Brasil Império – Guerra do
Paraguai
Os Voluntários da Pátria
Francisco Solano López, ao assumir o
poder em 1862, iniciou uma política de fortalecimento militar com o objetivo de
formar o Paraguai Maior. Solano pretendia uma saída direta para o mar. Para isso,
terá de incorporar o atual Mato Grosso do Sul, as províncias argentinas de
Entre Rios e Corrientes e a região oeste do Rio Grande do Sul. Ao aprisionar o
navio Marquês de Olinda, que transportava o novo presidente da província do
Mato Grosso, invadiu essa província além do Rio Grande do Sul dando início a
guerra em 1865.
Sem contar com um exército
suficiente para enfrentar os paraguaios, dom Pedro II ordenou a criação de
corpos militares de voluntários – os chamados Voluntários da Pátria -, oferecendo-lhes
prêmios em dinheiro, terras e outras vantagens. A lei que convoca voluntários
para a guerra foi a Lei de n° 3.371 de 7 de janeiro de 1865. Muitos brasileiros
se alistaram por vontade própria nas tropas.
Com o prolongamento da guerra e a
diminuição do alistamento espontâneo, o governo brasileiro reforçou o
recrutamento obrigatório e passou a utilizar a população escrava na formação do
Exército. Muitos escravos foram alforriados para lutar na guerra e, em troca,
seus proprietários receberiam uma indenização do governo brasileiro.
Estima-se que 20 mil africanos
escravizados foram alforriados, ou seja, libertados para poderem se alistar
como “voluntários” no lugar de seus senhores. Além disso, muitos escravos
fugitivos se alistavam nas tropas, pois havia a promessa de que, se fossem
aceitos pelo Exército Brasileiro, se tornariam homens livres.
A guerra teria fim no ano de 1870.
Mesmo com a formação da Tríplice Aliança (Brasil, Argentina e Uruguai), o
Brasil ficou só ao final do conflito até a morte do ditador Solano López. O
Paraguai perdeu boa parte do seu território e o Império endividado com os
custos da guerra entre outras crises que passariam a enfrentar principalmente
relacionados aos escravos somados aos militares.
Referências:
PELLEGRINI,
Nelson; DIA, Adriano; GRINBERG, Keila. Vontade
de saber história, 7° ano. 3ª ed. São Paulo: FTD, 2015.
VICENTINO,
Cláudio; VICENTINO, José Bruno. Projeto
Mosaico: história – anos finais (ensino fundamental). 1ª ed. São Paulo:
Scipione, 2015.
SCHNEEBERG,
Carlos Alberto. Manual Compacto de
História: ensino fundamental. 1ª ed. São Paulo: Rideel, 2010.
Fred Costa
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