sexta-feira, 5 de junho de 2020

Os Voluntários da Pátria


Brasil Império – Guerra do Paraguai


Os Voluntários da Pátria

   Francisco Solano López, ao assumir o poder em 1862, iniciou uma política de fortalecimento militar com o objetivo de formar o Paraguai Maior. Solano pretendia uma saída direta para o mar. Para isso, terá de incorporar o atual Mato Grosso do Sul, as províncias argentinas de Entre Rios e Corrientes e a região oeste do Rio Grande do Sul. Ao aprisionar o navio Marquês de Olinda, que transportava o novo presidente da província do Mato Grosso, invadiu essa província além do Rio Grande do Sul dando início a guerra em 1865.

  Sem contar com um exército suficiente para enfrentar os paraguaios, dom Pedro II ordenou a criação de corpos militares de voluntários – os chamados Voluntários da Pátria -, oferecendo-lhes prêmios em dinheiro, terras e outras vantagens. A lei que convoca voluntários para a guerra foi a Lei de n° 3.371 de 7 de janeiro de 1865. Muitos brasileiros se alistaram por vontade própria nas tropas.


     Com o prolongamento da guerra e a diminuição do alistamento espontâneo, o governo brasileiro reforçou o recrutamento obrigatório e passou a utilizar a população escrava na formação do Exército. Muitos escravos foram alforriados para lutar na guerra e, em troca, seus proprietários receberiam uma indenização do governo brasileiro.

      Estima-se que 20 mil africanos escravizados foram alforriados, ou seja, libertados para poderem se alistar como “voluntários” no lugar de seus senhores. Além disso, muitos escravos fugitivos se alistavam nas tropas, pois havia a promessa de que, se fossem aceitos pelo Exército Brasileiro, se tornariam homens livres.

     A guerra teria fim no ano de 1870. Mesmo com a formação da Tríplice Aliança (Brasil, Argentina e Uruguai), o Brasil ficou só ao final do conflito até a morte do ditador Solano López. O Paraguai perdeu boa parte do seu território e o Império endividado com os custos da guerra entre outras crises que passariam a enfrentar principalmente relacionados aos escravos somados aos militares.

Referências:

PELLEGRINI, Nelson; DIA, Adriano; GRINBERG, Keila. Vontade de saber história, 7° ano. 3ª ed. São Paulo: FTD, 2015.

VICENTINO, Cláudio; VICENTINO, José Bruno. Projeto Mosaico: história – anos finais (ensino fundamental). 1ª ed. São Paulo: Scipione, 2015.

SCHNEEBERG, Carlos Alberto. Manual Compacto de História: ensino fundamental. 1ª ed. São Paulo: Rideel, 2010.


Fred Costa


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