Governo Militar –
Economia
Aspectos econômicos do Governo Militar
De 1964 até 1985 o Brasil passou por
um período conhecido por Governo Militar. Durante esses mais de vinte anos,
presidentes militares se revezaram no poder, sendo eleitos indiretamente. Na política
houveram perseguições a políticos opositores (esse tema já foi abordado nesse
blog, podendo ser visualizado aqui), e na economia por um período demonstrou
ter prosperidade seguido de uma crise inflacionária.
Nos governos militares, o Brasil alinhou-se
completamente aos Estados Unidos e criou facilidades para a entrada do capital
estrangeiro. À custa de empréstimos externos, foram realizadas obras públicas
de grande vulto (Transamazônica, Hidrelétrica de Tucuruí, Usinas Nucleares de
Angra 1 e 2 e Hidrelétrica de Itaipu). Na década de 1970 houve um período do
aumento do PIB, fortalecendo o lema do Governo Médici que dizia: “é preciso
fazer crescer o bolo para depois dividi-lo”.
O empréstimo de capital estrangeiro
levou ao aumento da dívida externa, com o pagamento de juros altíssimos. Assim,
enquanto o país conquistava a posição de décima economia mundial, a qualidade
de vida de boa parte de sua população continuava em níveis baixíssimos.
Parte desse quadro foi agravada pela
alta dos preços do petróleo em 1972, desencadeando uma crise internacional e
trazendo sérios problemas para o Brasil, que importava, aproximadamente, 80% do
petróleo e de seus derivados que consumia. Para contornar a situação, o governo
Geisel estimulou o desenvolvimento do Programa
Nacional do Álcool (Pró-Alcool), cujo objetivo era promover a utilização de
uma fonte de energia alternativa ao petróleo.
No governo Figueiredo, a inflação
excedia a casa dos 250% ao ano. Greves e agitações políticas corriam por toda
parte. Com a Lei da Anistia, diversos agentes políticos que retornaram para o
Brasil, passaram a se movimentar na luta pela redemocratização, principalmente
pelos movimentos da Diretas Já (para saber mais, clique aqui). O término do
Governo Militar e sua crise econômica afetava todas as classes sociais, com as
péssimas medidas econômicos desde congelamento de preços até os salários.
Como a economia brasileira se endividou, o aumento
da inflação na década de 1980 piorou mais ainda as condições de vida da
população brasileira. Todos os recursos provenientes das exportações serviriam
para pagar as parcelas e juros da dívida externa. Desse movo, chegava ao fim do
“milagre econômico”. O resultado de tudo isso foi uma economia estagnada e
endividada e o aumento da desigualdade social no país.
Referências:
PELLEGRINI,
Nelson; DIA, Adriano; GRINBERG, Keila. Vontade
de saber história, 9° ano. 3ª ed. São Paulo: FTD, 2015.
VICENTIO,
Cláudio; VICENTINO, José Bruno. Projeto
Mosaico: história – anos finais (ensino fundamental). 3ª ed. São Paulo:
Scipione, 2016.
Fred Costa
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